segunda-feira, 26 de abril de 2010

Redação do Gterra, 23/04/2010 às 21h31min Tecnologia ajuda a simplificar e baratear exames médicosO método vai ser testado num projeto-piloto no Nordeste, no mês que vem. Foto: Reprodução


O método vai ser testado num projeto-piloto no Nordeste, no mês que vem.Edição: Gterra

Pesquisadores da USP de São Carlos, a 200 quilômetros de São Paulo, desenvolveram uma técnica pra tornar o diagnóstico de doenças mais rápido e mais barato.

Uma gotinha de sangue ou de urina num pedacinho de papel pode concentrar informações sobre a função renal de uma pessoa, se ela tem ou não o vírus da Aids ou qualquer outro tipo de infecção no organismo.

O método desenvolvido pelo pesquisador da USP de São Carlos em parceria com a Universidade de Harvard, dos Estados Unidos, utiliza apenas uma folha de papel especial, um cartucho de uma impressora a laser com tinta a base de cera e gotas de reagentes.

O procedimento é parecido com o teste de gravidez vendido nas farmácias. O resultado sai em alguns segundos.

Esta tecnologia vai permitir levar atendimento médico para os locais mais distantes e isolados do país. Justamente por ser tão simples e demandar poucos recursos.

É só tirar uma foto do exame e enviá-lo até mesmo pelo celular a um centro de análises, onde, pela intensidade da cor, um especialista consegue informações ainda mais detalhadas sobre o diagnóstico do paciente.

“Você não precisa de um médico, de um biólogo, de um bioquímico, de um farmacêutico no meio do sertão para executar o teste. Um agente da família que tenha o treinamento mínimo de catalogar os dados, de fazer as observações, entrar com as informações no sistema vai ter o treinamento para execução”, explicou Emanuel Carrilho, pesquisador da USP.

O processo tem um custo de R$ 0,10 por exame. Uma vantagem a mais para as prefeituras que precisam contratar o serviço de laboratórios.

“Se nós tivermos um teste que possibilitasse aumentar o cuidado a um custo menor, isso sem dúvida nenhuma é muito bem-vindo não só para São Carlos mas para o Sistema Único de Saúde como um todo”, acredita Arthur Moreira, secretário de Saúde de São Carlos.

O método vai ser testado num projeto-piloto no Nordeste, no mês que vem.



Fonte: Globo

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