sábado, 13 de agosto de 2011



Deputado diferente

Saiu na revista Veja, edição 2203 de 09/02/2011 – Página 68, uma matéria com o título “Deputado diferente” a revista mostra que o deputado federal novato José Antônio Reguffe abriu mão de dois salários e reduziu a verba de atividade parlamentar e o número de assessores. Alerto para o fato de que esse tipo de glorificação vindo da Veja é para se ler com cuidados…
Não estou afirmando, mas pode ser que seja pura demagogia, uma forma de chamar a atenção em busca de notoriedade.
Tomara que esta atitude seja um paradigma para todos os congressistas e crie constrangimentos. Na verdade, acho que eles estão rindo e ridicularizando esta atitude, não abrindo mão da mordomia a que estão acostumados.
Acho que ainda é cedo pra considerar este deputado um exemplo da moralidade pública, isto o tempo dirá!
A matéria do jornalista Paulo Celso Pereira:
José Antônio Reguffe, de 38 anos, foi o deputado federal mais bem votado do país em termos proporcionais. Escolhido por 266.465 eleitores, o equivalente a quase 19% dos que foram às urnas no Distrito Federal, ele superou fenômenos televisivos como Tiririca, e integrantes de clãs políticos tradicionais. No primeiro dia de trabalho, o parlamentar expediu seis ofícios à diretoria-geral da Câmara. Abriu Mao do 14º e 15º salários, reduziu o número de assessores no gabinete, cortou gastos com salários de assessores e diminuiu sua verba de atividade parlamentar. Como morador de Brasília, naturalmente também abriu mão do auxílio-moradia e das passagens aéreas.
As medidas resultarão numa economia de 2,4 milhões de reais nos próximos quatro anos. Se elas fossem seguidas por todos os 513 deputados, a economia chegaria a 1,2 bilhão no mesmo período. Reguffe tomou medidas idênticas quando exerceu o mandato de deputado distrital em Brasília. Além de ter demonstrado que é possível um parlamentar trabalhar sem mordomias, em excesso, o deputado brasiliense teve uma votação que prova com isso está em sintonia com o que pensa o eleitor.


Quinze salários – O primeiro ofício que José Antônio Reguffe enviou à diretoria-geral da Câmara foi para pedir que não fossem depositados em sua conta os dois salários que os deputados recebem anualmente chamados de “ajuda de custo”. Trata-se, na prática, de um 14º e um 15º salários, de 26.723,13 reais cada um. Ao longo dos quatro anos de mandato, a medida levará a uma economia de 213.786,04 reais para a Câmara. “Esse foi um compromisso com meu eleitor. Não acho que seja correto que um deputado tenha direito a salários extras. Todo trabalhador recebe treze salários por ano. Portanto, nada mais lógico que um representante desse trabalhador também receba apenas treze salários por ano. É o justo”.

Cota parlamentar – A Câmara criou uma cota para custear os gastos dos parlamentares com seu trabalho. Com valores que vão de 20.030 a 34.000 reais mensais, o dinheiro deveria ser usado para pagar despesas com passagens aéreas, selos, telefone, combustível, aluguel de carros e pagamento de consultorias. Como á fiscalização é muito frouxa, são freqüentes os indícios do uso irregular. Reguffe pediu que sua verba fosse reduzida de 23.030 reais para 4.600 reais. Em quatro anos a economia com a medida será de 884.640 reais. “Esse valor de 23.030 reais é exorbitante, excessivo. O mandato parlamentar pode ser exercido com qualidade a um custo bem menor para os contribuintes. Pela minha experiência na Câmara Legislativa, acho que 4.600 reais é um valor viável. É suficiente para manter o gabinete funcionando”.

Verba de gabinete e assessores – Os deputados têm direito a 60.000 reais para contratar até 25 assessores para seus gabinetes. Reguffe estabeleceu junto à direção da Câmara que terá no máximo nove assessores e que não gastará mais que 48.000 reais com os vencimentos, uma redução de 20% na verba. Só com salários a economia será de 624.000 reais ao longo dos quatro anos. Mas ainda há o enxugamento de benefícios. Apenas com vale-alimentação dos dezesseis funcionários que não serão contratados, a Câmara economizará 514.560 reais até 2014. “O número de assessores a que um parlamentar tem direito é excessivo. Nós precisamos de bons técnicos para exercer um mandato digno. Agora, 25 assessores… Se todo mundo vier trabalhar, o gabinete não comporta a metade. É um gasto que parece servir como uma espécie de estatização de cabos eleitorais. Eu tenho um gabinete que vai me servir bem, que vai me dar amparo, sem precisa de tanta gente.

Nota da redação do Vargens News
Será mesmo um exemplo? Será que não tem alguma coisa por traz?
Vamos aguardar mas é certo que deve estar sendo odiado pela maioria dos congressistas.

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