segunda-feira, 17 de maio de 2010

Econg realizará estudos sobre acidentes com animais silvestres na Marechal Rondon
09 de novembro de 2009

Para contribuir e amenizar os acidentes com animais silvestres (a segunda maior causa de mortes das espécies no Brasil), na região da Rodovia Marechal Rondon, a Econg estará realizando um estudo naquela via entre Bauru e Castilho na divisa com Mato Grosso do Sul, referenciando os pontos críticos de acidentes com animais silvestres, muitos deles já constando em listas como em extinção, desde mamíferos, aves, répteis e anfíbios.

Segundo João Flavio Guedes, engenheiro ambiental e membro do Conselho Diretor Técnico da Econg, “já é passada a hora de alguém realizar um estudo sério, científico e com propostas viáveis para possibilitar ações positivas, pois a perda de animais silvestres é muito grande, e vem junto com o perigo de acidentes fatais para os usuários, tudo é preocupante, vamos precisar de uma séria campanha de conscientização junto aos usuários das estradas, junto às comunidades vizinhas, instituições de ensino, clubes de serviço, indústrias que utilizam matéria-prima plantada às margens das rodovias, poder público e a imprensa regional, que consideramos grandes aliados, como tem sido em muitas outras campanhas ambientais que a entidade desenvolveu”.

A equipe da Econg vai percorrer a rodovia, documentando por intermédio de profissionais da área os locais mais propícios para a travessia de animais silvestres, os pontos que têm sido habitat ou fonte de alimentos, áreas de fuga, travessia, mesmo estando nos limites de áreas antropizadas, locais onde ocorre perda de grãos em cargas de caminhão que servem de alimentos aos animais, queimadas de cana às margens da rodovia, áreas de APP e matas ciliares, sinalização, georreferenciando todo o estudo para ações posteriores.

Segundo estudiosos do problema, o número de concessionárias que realizam monitoramento de animais silvestres é pequeno, não se dá importância, não se tem compromisso com o meio ambiente, em especial com a fauna silvestre brasileira, que a cada ano perde mais espécies importantes de sua biodiversidade.

Estes especialistas propõem algumas ações, como controle de velocidade nos locais de maior incidência de atropelamentos, sinalização vertical adequada, áreas de escape subterrâneas, alambrados para indução, legislações ambientais específicas para empreendimentos lineares, maior atuação política e da sociedade, e programas contínuos de educação ambiental com os usuários são fundamentais para mudar os índices de atropelamentos.

“O que não pode continuar acontecendo é essa barbárie nas estradas do estado e da região sem que ninguém tome providencias ou atitudes para sanar o problema, não se pode empurrar com a barriga esta situação, que, ao mesmo tempo em que é uma chacina contra a fauna, também coloca em risco a vida dos que transitam pelas rodovias, é preciso sim proteger a vida e proteger a vida de todos os seres vivos”, finaliza Roberto Franco, presidente da entidade ambiental.

Fonte: Jornal dia dia